Perdia-me muitas vezes em ti. Pensava que eras perfeito: “e Deus criou a criatura”!. O amor apagava qualquer incerteza, qualquer desleixo da tua parte. A pele guardava aquilo que poderia ser a mais rica de todas as verdades. Afinal, não eras, não és, nem nunca foste tão perfeito como eu julgava. Não respiravas o ar de tristeza embebido em loucura que me fez, secamente, encontrar nos teus braços o resguardo da minha solidão.
Doeu-me. Dói-me sempre, cada vez que dizes que não. Mas a mentira é chuva que me escorre nas veias. Realmente, parece que não consigo viver sem ela. E na verdade, não consigo viver sem ti. Mesmo depois de todos os momentos em que sofri pela tua ausência. Mesmo depois de te ignorar nos meus sentidos, para depois me afogar em paixão.
Tudo isto não faz sentido, simplesmente, porque não existes. Arranha-se-me a alma, como um guarda-chuva deixado por acaso numa sala de cinema. Um esquecimento de algo que nunca foi real aos olhos do povo, ou admissível aos teus. Nunca quiseste acreditar no meu amor e na minha saudade. Nunca acreditaste que por não existires me fazes mais falta ainda. E isso perdeu-se na minha demência por ti. Sim, estou psicótica. Sempre tive o meu quê de louca, mas tu fizeste-me alcançar o delírio da ternura.
Se me abrisses as portas da tua biblioteca e me entregasses de bandeja o mofo dos livros de Kafka, render-me-ia a teus pés. Se encontrasses a timidez de uma sala de estar nos teus olhos enquanto me contemplas, perderias a noção do tempo e do espaço. Perderias o fascínio pelas coisas que já existem e descobririas o brio do fumo do cigarro e a sedução da porta da rua entreaberta. “Sempre uma coisa defronte da outra”.
Por tudo isto, não és perfeito, e não por tudo aquilo que me dizes que não és, oh tu que não existes. E por tudo isto e por muito mais: és perfeito em part-time. De cada vez que, deambulando na minha cabeça, me fazes esquecer o cinzento dos dias nas tuas palavras e me prendes no sorriso da tua presença, aquecendo-me o coração.
Doeu-me. Dói-me sempre, cada vez que dizes que não. Mas a mentira é chuva que me escorre nas veias. Realmente, parece que não consigo viver sem ela. E na verdade, não consigo viver sem ti. Mesmo depois de todos os momentos em que sofri pela tua ausência. Mesmo depois de te ignorar nos meus sentidos, para depois me afogar em paixão.
Tudo isto não faz sentido, simplesmente, porque não existes. Arranha-se-me a alma, como um guarda-chuva deixado por acaso numa sala de cinema. Um esquecimento de algo que nunca foi real aos olhos do povo, ou admissível aos teus. Nunca quiseste acreditar no meu amor e na minha saudade. Nunca acreditaste que por não existires me fazes mais falta ainda. E isso perdeu-se na minha demência por ti. Sim, estou psicótica. Sempre tive o meu quê de louca, mas tu fizeste-me alcançar o delírio da ternura.
Se me abrisses as portas da tua biblioteca e me entregasses de bandeja o mofo dos livros de Kafka, render-me-ia a teus pés. Se encontrasses a timidez de uma sala de estar nos teus olhos enquanto me contemplas, perderias a noção do tempo e do espaço. Perderias o fascínio pelas coisas que já existem e descobririas o brio do fumo do cigarro e a sedução da porta da rua entreaberta. “Sempre uma coisa defronte da outra”.
Por tudo isto, não és perfeito, e não por tudo aquilo que me dizes que não és, oh tu que não existes. E por tudo isto e por muito mais: és perfeito em part-time. De cada vez que, deambulando na minha cabeça, me fazes esquecer o cinzento dos dias nas tuas palavras e me prendes no sorriso da tua presença, aquecendo-me o coração.
18 comentários:
está encomendado...muito bom
Fui eu que disse isso, não fui? xiii ando a ficar bipolar...
Sim sim... em vez de ser das nove às cinco é das 5 às 8h... eh eh eh
a perfeição não existe é só ilusão...
Saudações!
Obrigado por compartilhar um pouquinho de você comigo
::::::::::::::::::::::::::::
Tenha um Lindo dia
Merlin
Perfeito nos momentos, concordo.
Beijos.
Ninguém é perfeito, é exactamente issso que me fascina nas pessoas...vimos à terra na busca de aprendizagem, para alcançar-mos o...perfeito...
Doce beijo
A perfeição não existe, mas é aí que está o sal de qualquer relação. Seria uma chatice se tudo fosse perfeito, não? Acho que temos a necessidade de estar sempre a resmungar.
sublinho, obrigada pela visita Alquimista e Mac.
Ah e é claro que todos os outros tb. Mas como já são clientes habituais vou-me desleixando... eh eh eh
Interessante este teu espaço! Preferes o martini bianco ou rosso?
Martini Bianco, com uma pedrinha de gelo ou então com uma bela azeitona... ai já me está a apetecer...
E para mim um rosso com duas pedras de gelo e uma rodela de laranja, ou de limão caso não haja a primeira. Salute!!
Ninguém é perfeito, contudo nesta caminhada que é a avia, devemos procurar a perfeição...
E o importante não é ser perfeita,ninguém o é, mas sermos perfeitos um para o outro.
É nisto que acredito!
Bom fim de semana
Beijinhos
***
Bolachinha, o teu texto é muito bonito mas irreal. E isto já tu sabes. Ele não era perfeito nem a próxima paixão será. A perfeiãçao não existe. Nós muitas vezes embriagadas por palavras de amor, criamos a prefeição e naquele momento ela existe. Existe naquele ser. Mas estávamos embriagadas, quando caimos na realidade ou choramos, ou então temos uma vontade incontrolável de partir a casa toda. Sentimos que fizeram de nós parvas. Mas fomos nós que criamos o monstro da perfeição.
bjs
Ainda bem que ninguém é perfeito... assim temos sempre de quem dizer mal! :)=
Ah ah ah ah ah Klatuu, ainda não consegui parar de rir...
Alien, sabes, o problema é que esta não é uma história de um fim, mas sim de um início...
Beijoca e bom weekend
Enviar um comentário