Tentei perceber e compreender o porquê de encontrarmos certas pessoas e não encontrarmos outras.
Ninguém nunca pensou, no momento do casamento, do “happily ever after” – “ele só vai casar-se com ela porque a encontrou” – se não tivesse encontrado não casaria, de facto.
Existem milhares de almas espalhadas por esse mundo fora que teriam o coração aberto para me amar. Sei-o deveras. Mas nunca me encontraram. Vão esquecer-se de mim (de quem nunca se lembraram), e vão casar-se, descasar-se, enrolar-se com “alguéns”, que não eu, porque nunca se cruzaram comigo, naquele beco onde tu te cruzaste.
E porquê eu, e qual a razão de seres tu?
O universo escreve-se a giz cor-de-rosa. Receio ter de apagar qualquer coisa com “algodão que não engana”:
- A minha vida contigo.
- Os lençóis com o teu cheiro.
- A minha almofada, que foi a tua, impregnada da tua saliva, que me levava à demência.
A minha própria loucura levou-me à loucura. O meu esquecimento levou-me à minha cor “de burro quando foge”, misturada de desalento.
Hoje, sento-me junto da tua memória, e afago-lhe os cabelos. Hoje desejo-te da mesma maneira como te apertei junto a mim naquele beco, e te beijei com tanto ardor, que até as pernas se me fraquejaram. Só tu sabias despontar o fogo interno que me consumia as vísceras.
Porque é que só tu, não podias encontrar-me naquele beco. Porque é que só tu vives onde não te posso tocar?
5 comentários:
Bonito relato:)
bj e bom fds
hummm intenso...
e não deixo de me ler nas tuas palavras... e de pensar para mim um: pois! dito em forma de suspiro..
O amor à distância ou é muito forte ou então não dá em nada...
-Do you believe in faith?
-No
-I do, i found you.
Beijinhos
Mas nós ainda nos vamos encontrar, não tenhas dúvidas.
Eu já levo vantagem já te "descobri" aqui!!!
Enviar um comentário