terça-feira, setembro 05, 2006

Sonho. Não sei quem sou.

Sonho. Não sei quem sou neste momento.
Durmo sentindo-me.
Na hora calma Meu pensamento esquece o pensamento,
Minha alma não tem alma.
Se existo é um erro eu o saber.

Se acordo Parece que erro.
Sinto que não sei.
Nada quero nem tenho nem recordo.
Não tenho ser nem lei.
Lapso da consciência entre ilusões,

Fantasmas me limitam e me contêm.
Dorme insciente de alheios corações,
Coração de ninguém.

Fernando Pessoa - Cancioneiro

5 comentários:

Alien David Sousa disse...

Bolacha , que fantasmas são esses que te atormentam? Têm de haver um motivo para teres escolhido este poema do FP.
bjs

hole in my vein disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
os membros associados (culigados) disse...

Los compremidos, cariño, no te olbides de los compermidos!

Asta siemprÉ =D

Casemiro dos Plásticos disse...

pessoa esse grande maluco :)

Faneca [de má raça] disse...

Membros associados... havia uma pessoa que me dizia muito isso... acho piada...

Os fantasmas, desconheço-os, por isso é que partem a cabeça... mas até lhes acho piada... Lol