Olhaste para a esquerda primeiro. Seguiu-se a direita e vislumbraste toda a vida em frente. Era uma passadeira rolante que funcionava a petróleo Iraquiano ou Americano, ou o raio que o parta.
Tinhas o cabelo espetado em direcção ao céu e seguravas toda a verdade. Apenas a tua. Prendias a atenção em notas de música e a leituras de livros. Eras todo tu e todo meu. No momento de loucura, da paixão das unhas cravadas na pele.
Eras o café das noites longas e o abatanado das manhãs inseguras. Eras o guardanapo do desespero e a lâmpada da ilusão.
Chegaste a mim apenas de meias. Daquelas com pedaços de plástico na sola dos pés de andar por casa e pela vida. Nem te vi chegar e muito menos te vi partir. Quando te perdi nem sabias que te tinha encontrado e quando te encontrei já te tinhas esvanecido.
Eras tu. De sapatilhas cor de laranja a empurrar a vida com a gravata apertada.
Eras tu o que nunca foste.
1 comentário:
gostei deste texto :)
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