domingo, fevereiro 20, 2005

Amo-te amor

Aqui vai um início de uma obra que escrevi há já algum tempo... gostava que lessem e comentassem... é do fundo do coração:

"Ana: dá-me o teu sorriso, vamos percorrer o caminho da nossa solidão. Vamos juntas descobrir que mudámos o Mundo, só porque amámos. Só porque tínhamos na mão um futuro que se descobriu não ser o nosso. Sim, porque o nosso futuro era o que é hoje, um nada... um vazio que não me serve de absolutamente nada. Tu sabes que eu o amo e que espero por ele nem que me dure toda uma vida. Porque quem como nós já amou sabe que nunca, nunca se esquece. Tu também esperas e eu sei-o bem melhor que tu. Porque tu o amas da mesma maneira que amas o que te rodeia. Sei-o também porque és igual a mim. Tal como eu, soubeste pelos Anjos que o vosso amor tinha acabado. Aliás, ainda não chegaste a conclusão nenhuma, porque continuas sem entender porque é que as flores continuam a crescer, e por que é que as pedras do chão continuam a desgastar-se, porque é que ele ainda olha para ti daquela maneira... não entendes... mas sabes, o amor é uma doença “quando nele julgamos ver a nossa cor”: como na música dos meus queridos e intocáveis Ornatos. Sabes nem sei bem como, porque é que deixaste o vosso amor morrer... pois bem, eu digo-te uma coisa, nunca morre só quando tu também morreres, e não é por beijares outro alguém daqui a 20 anos que ele vai morrer ali. O amor fica sempre guardado, naquele canto, sabes qual é? Aquele que ninguém desconfia. Ali, guardado para sempre, vive para ele até o vosso amor não aguentar a solidão do outro amor. Até ele chegar perto de ti e dizer:
- Eu nem era para vir, mas o meu coração puxou-me e disse-me que estava com saudades do teu. Eu vim por arrasto. Levantas-me? Deixas o meu coração amar o teu incondicionalmente outra vez, que ele sem o teu não cresce, e eu não quero ficar sem coração, percebes? É só por isso. E porque sem eu te amar a ti e sem tu me amares a mim, os nossos corações não o podem fazer! Eu amo-te.
Assim, dito desta maneira o que pensarias?
- Que bela cantada?!
Não, sabes porquê? Porque estas coisas são sempre ditas quando se começa de novo. Mas é tudo calado com um beijo. O beijo que separa o antes do depois. Do Passado e do Futuro. Ou seja, tu própria já disseste o mesmo quando o beijaste depois de muito tempo separados.
Sei que neste momento todas as flores são nossas, tudo o que sonhamos, o que pensamos, o que quisemos, está tudo aqui junto a estas borboletas que nos rodeiam e que nos amam só porque estamos aqui. Eu adoro-te, só porque estás aqui. Lembra-te: primeiro tu, depois tu e tu e tu e tu e tu, e depois tu, e depois os outros, não deixes usar-te. Foste tu que mo disseste e eu não vou esquecê-lo..."

1 comentário:

Anónimo disse...

Ainda que eu falasse as línguas dos homens e dos anjos, se não tiver amor, sou como um bronze que soa, ou como um címbalo que tine. E ainda que eu tivesse o dom da profecia e conhecesse todos os mistérios e toda a ciência, e tivesse toda a fé, até ao ponto de transportar montanhas, se não tivesse amor, não seria nada. E, ainda que distribuísse todos os meus bens para sustento dos pobres, e entregasse o meu corpo para ser queimado, se não tivesse amor, nada me aproveitaria.

Fica em Paz...