«Um arqueiro quis caçar a lua. Noite atrás noite, sem descansar, lançou as suas flechas ao astro. Os vizinhos começaram a gozar com ele. Imutável, continuou a lançar as suas flechas. Nunca caçou a lua, mas tornou-se no melhor arqueiro do mundo!», Alexandro Jodorowsky
domingo, junho 19, 2005
Poemário
A ti
Mãos molhadas da chuva seca,
De tanto respirar a loucura do sol,
A brandura, a secura do olhar!
Que sente... o mar, a respirar,
Profundamente...
A folha que do céu caiu,
De um outro madrigal...Cor infernal
Saiu, fugiu, das mãos ainda molhadas,
Dos sonhos fingidos, dos lábios sequiosos,
De sangue...
A tua ternura, o teu toque, o cheiro,
Permeio da luz inquieta, desgastante.
O teu corpo cansado, o prazer, de te ter...
E correr, sofrer, só por te esperar.
E amar?...
Por vezes nem sempre queres voar...
As asas da paixão são arquivos de amor e
É preciso lutar para criar fogo, ardor.
É preciso ser a borboleta das ilusões...
É preciso desfazer amarras, criar emoções.
Cantar canções, voar em balões, embalar-te
Na vida, sem saber o que virá a seguir...
O tempo perde-se na leitura das nuvens,
As pernas cansadas procuram o trigo
Que floresce todos os dias num sorriso, que é teu,
Que é teu beijo, tua vida...
Mas tu, tu és meu...
Cátia Biscaia
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