domingo, fevereiro 19, 2006

Onde estão os animais?

Ontem, ao abrir o Expresso deparei-me com uma notícia que me chocou. Para quem me conhece e sabe do meu amor por animais, também sabe que ganho ódio a quem os maltrata.



Mas é uma redonda mentira o que muita gente "praí" diz: "Ai, interessas-te mais por animais que por pessoas". Tudo porque digo e afirmo: "Se me calhar o Euromilhões dou uma parte do dinheiro à Associação Zoófila de Leiria".

E porque não?

Porque é que teria de dar a uma associação de defesa de pessoas? Seria obrigada a isso? Os animais e toda a alegria que nos dão também não merecem este tipo de carinho da nossa parte? E porque é que haveria de ajudar alguém que bate sem piedade num animal, só porque essa pessoa é uma pessoa? Não há Humanos que parecem animais e animais que parecem Humanos?

E de ajudar pessoas, acho que já dei a minha quota parte. E vou continuar... mas dar dinheiro a associações de animais também darei. SEMPRE... e depois de ter lido isto, mais ainda.

Aqui vai:

A maioria dos animais que se encontram nos canis municipais portugueses é abatida. É o presidente da associação Animal, quem o afirma, acusando os responsáveis por estes canis de, inclusivamente, fazerem os abates sem respeitar os prazos definidos pela lei.



Segundo Miguel Moutinho, «a maior parte dos canis não estão adequados para receber animais. As boxes são pequenas, o chão e as paredes de cimento são verdadeiras 'jaulas', já para não falar que a limpeza às boxes é feita à mangueira - com os animais lá dentro -, os banhos são dados com água fria, o tratamento médico é precário, e só em caso de adopção é que o canil vacina o bicho (mesmo assim é apenas aplicada a vacina contra a raiva)».

O momento em que os animais são abatidos é um verdadeiro «palco de terror», como refere Miguel Moutinho. «Os abates são feitos muitas vezes na frente dos outros animais», com recurso a uma injecção letal ou através de choques eléctricos.

Moutinho acrescenta ainda que na maioria destes canis os animais são abatidos antes dos 8 dias definidos pela lei. Ou seja, os canis tem de controlar o número de animais errantes, pelo que se limitam a recolhê-los, para serem contabilizados, abatendo-os quase em seguida.

Em Portugal infelizmente «é normal» um gato ou um cão sofrerem violências físicas, afirma, já que estes «são fenómenos rotineiros, praticados por todos os tipos de pessoas».

Moutinho destaca, contudo, um bom exemplo. É o caso da Câmara Municipal de Castelo Branco (CMCB), que em conjunto com a Associação de Protecção e Apoio ao Animal Errante (APAAE) recolhe os animais de rua, remetendo-os a 3,5 hectares de liberdade. Neste abrigo denominado «Parque de Bem Estar Animal Abrigo de São Lázaro», com duzentos e cinquenta animais, não são feitos abates, a não ser que o animal esteja em sofrimento.

Esta iniciativa da CMCB conta com a ajuda dos seus funcionários para proporcionar um local onde tratar, vacinar e dar protecção aos errantes.

A APAAE também conta com o apoio da população de Castelo Branco. Maria do Rosário, directora da associação, tem feito uma recolha de fundos junto a população para ser possível manter este «hotel», verdadeira unidade cinco estrelas e caso raro no país.


Margareth Gomes/ EXPRESSO

Pois é.

Há verdades que, por vezes, doem e magoam.

O facto de os animais serem abatidos antes dos oito dias, definidos pela lei é desumano. O ser feito por choques eléctricos, é pior (até faz lembrar o sofrimento dos animais cuja pele serve para fazer casacos e outros luxos - Clika Aki). Agora, e muito pior e horrível, é maltratar um animal, lançar um animal na rua só porque cresceu ou porque fomos de férias. Porque a nossa criança se fartou do gatinho ou do cãozinho... Aquele que fomos comprar à loja e que era tão bonitinho quando era pequeno.
Mas fez chichi no chão, ou trepou pelos cortinados... É por isso? E o carinho, e o amor, e o ron-ron aquando de uma festinha, e a festa de latidos quando chegamos a casa. Na realidade eles estão a dizer:"gosto de ti, nunca me deixes, senão morro"!

Momentos mais tarde são maltratados e abandonados.

Afinal quem é o animal irracional, frio e sem sentimentos?


Relacionados:

Campanhas salvam animais do abate
Como licenciar o seu animal


Links:

Associação Zoófila de Leiria
APAAE
ANIMAL
SOS ANIMAL


Miau!

5 comentários:

Anónimo disse...

a maluda ta com o cio

Rolls disse...

Não há nada que possamos fazer!? Manif, abaixo-assinado, contactar a Liga da Defesa dos Direitos dos Animais?!! Sei lá!... Qualquer coisa? Isto é inadmissível...

Help Us! Animals wordwilde disse...

Primeiro de tudo, parabens pelo seu blog.Gostei muito do seu post a favor dos animais. Tambem eu os ajudo,protejo e luto por eles. Nao percebo porque ha tanta gente, que me critica tambem por ajudar primeiro os animais e depois os humanos. Dos animais, nunca tive provas de falsidade, maldade, o mesmo ja nao posso dizer dos humanos....Estes so me desiludem!!! Voltarei mais vezes, prometo.

Anónimo disse...

Não existe nenhum "ser" que seja menos prejudicial, justo, e util, ao mundo do que os animais..

Não te preocupes se alguns te "criticam" por ajudares os animais, sempre que o fizerem lembra esses que te criticam do seguinte:

Nenhum animal no planeta, prejudicou ou alguma vez irá prejudicar o mundo onde vive...

os humanos fazem-no todos os dias..

Todos os animais sentem de alguma forma a chegada de uma qualquer catastrofe natural...

os humanos com toda a tecnologia que possuem nem se aproximam de uma "previsão"...

Os animais sentem o medo e as fobias de qualquer outro ser...

Os humanos ainda hoje, nem sabem o que é "sentir"...

Por isso sempre que outros discordarem das tuas opções em relação aos animais, lembra-os que eles os animais são a especie mais evoluida que habita o nosso planeta, e por isso deve ser preservada..

Fica em paz...

Anónimo disse...

Mil vezes apoiado!!! Prefiro ajudar animais que pessoas até porque um animal nunca me magoou, enquanto pessoas já foram muitas. E sei como muita gente fica chocada quando o digo.
Conheço o Abrigo de S. Lázaro em Castelo Branco e é de facto fantástico. Vale a pena mostrar às autarquias que se pode manter um canil sem abater os animais!