domingo, março 19, 2006

Manifestações em França






A ameaça de greve geral para quinta-feira paira agora em França se o Governo não suspender uma reforma laboral que penaliza os jovens. A mobilização pacífica e alegre, ontem, em todo o país, culminou uma semana decisiva que enfraqueceu Villepin. Confrontos violentos rebentaram em Paris, Rennes e Marselha depois dos manifestantes terem dispersado.







É verdade enquanto ontem a decisão do Governo dependia de um milhão e meio de franceses na rua, hoje já se fala numa ameaça de uma greve geral para quinta-feira. Não há quem páre estes franceses. Não há quem os cale. por mais que os grandes pensem que quanto mais tempo deixam passar, menos manifestantes se veriam na rua, eles, pelo contrário, crescem a olhos vistos.







Para quem ainda não está familiarizado com a situação, os estudantes franceses lutam contra o Contrato Primeiro Emprego (CPE). Este destina-se a jovens com menos de 26 anos, e defende que as empresas têm a autoridade de os despedir nos dois primeiros anos, sem justa causa. Os sindicatos exigem a suspensão da lei para começarem a negociar com Dominique de Villepin, primeiro-ministro. Este mantém-se rígido na sua determinação de fazer aplicar o CPE. Porém, parece que os estudantes também mantêm a mesma rigidez.




Villepin, primeiro-ministro

A violência tem crescido e os liceus já começaram a aderir, também, à greve, numa altura em que 60 das 84 universides públicas vêm as portas bloqueadas por piquetes e colocaram os protestos nas ruas.






É muito interessante de se ver, é verdade. Como ainda se luta por uma causa, hoje em dia.

Talvez se isto acontecesse em Portugal, meia dúzia de estudantes faria uns cartazes horríveis e colocar-se-iam em frente à Assembleia durante as duas horas em que a televisão estava presente e ir-se-iam embora sem resultados. Como de costume. O Português baixa a cabecita.


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