sexta-feira, agosto 18, 2006

“Há pessoas que são para nós como os poetas: põem palavras onde antes só havia sentimentos”.

“A vida levanta pó que se farta”. Nem tudo são cores pastel. O rosinha e o azulinho, passando por aquele amarelito murcho…

As cores que enfeitam os nossos dias, julgo, serem outras. Um vermelho vivo de paixão desmedida; um azul forte de raiva, um verde ranhoso de vómito, sem esquecer, é claro, do amarelo florescente dos sorrisos premeditados.

Nunca gostei da hipocrisia dos sorrisos amarelo florescentes. Mas uma vez, um grande professor meu, deu-me uma lição para a vida: “se queres ser alguém terás de ser hipócrita por momentos”. E juro, que se não fosse a minha falsa hipocrisia (que sou terrível a mentir), hoje ainda não era um terço do que me tornei. Não é que seja uma grande pessoa, mas penso ter aprendido a lidar com aqueles que não interessam nem “ao menino Jesus, nas palhinhas deitado, nas palhinhas estendido”.

Já o vómito verde ranhoso é o asco que sentimos por certas coisas. Nunca confundir com o azul forte de raiva. Porque a raiva pode sentir-se com quem amamos. Agora o asco é mais para o sorriso amarelo florescente.
O vermelho vivo, esse… era aqui que eu queria chegar. Não é que goste de vermelho – que até nem gosto nada – sou apartidária futebolística, e só tenho uma camisola vermelha que comprei por catálogo e da qual nem escolhi a cor. Eu é mais o branquinho, o verdinho e o amarelito.

Mas onde é que ia? Ah… ai… ai… o vermelho da paixão é das cores que nos levanta mais o pó. Insconstante, insuficiente, fastidioso… Até porque “encontrar o amor é o segundo desafio da nossa vida. O primeiro é nunca lhe dizer adeus”.

Há pessoas que simplesmente nos viram do avesso e banham de sol o pó das nossas vidas. O problema é se elas nos abandonam de “pantufas”. E essa história de aprendermos com os nossos erros, e ir sofrendo às “mijinhas”, para mim, não é mais que tolice.

Quantas vezes não cometemos exactamente o mesmo erro? “Aprender a olhar para trás faz doer o pescoço” e a mim já me basta a minha hérnia.

Há que passar pelas coisas, para aprender, é claro… mas na minha opinião, será também para que da próxima vez que nos desiludirmos com a mesma situação pensarmos idealizar apenas um amor é dizer adeus sem dar por isso.
Então vamos lá. Toca a arriscar… não nos vamos querer decepcionar com um ideal quando nos podíamos decepcionar com o “big deal”.

Vá lá… deixem-me ser poeta que vou de férias!!!

5 comentários:

hole in my vein disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
ita disse...

Gostei muito!
Boas férias.

Anónimo disse...

Influências de Eduardo Sá...vou tentar ver...

Cristina disse...

Olá Cátia. Apesar de não termos sido as melhores amigas durante os tempos da ESEL, tens algo que sempre me impressionou: a escrita. Continuas-me a fazer perder nos meus pensamentos sempre que leio/oiço algo escrito pelas tuas mãos. Fica bem, rapariga! Beijinho **Cristina**

xica disse...

Gostei...