segunda-feira, abril 14, 2008

O real são borboletas amarelas...

As noites e os dias que ultimamente tenho vivido, admito, são difíceis. Levanto-me cedo demais, deito-me tarde demais, oiço o que não devo, dou o litro e levo pancada. Sempre pensei que a vida fossem borboletas amarelas, e sonhos às bolinhas cor-de-rosa. Ou se não fosse isso, que pelo menos fosse parecido.



Afinal, nem fazem parte do mesmo grupo de palavras.

Esta dissemelhança entre a realidade, o discurso que elaboramos sobre a realidade e aquilo que queríamos que a realidade fosse tem muito que se lhe diga. Mal sei eu que queria que o dia tivesse 36 horas sendo que 4 das quais me bastavam para dormir, e nas restantes dormitaria sobre assuntos pendentes, urgentes e afins… Se eu pudesse planear a minha realidade, seria bem diferente do que é real: vinha vestida de pirata para o trabalho, com uma coroa de princesa. De vez em quando teleportava-me para o amor dos meus animais de estimação e lava-lhes o ego com mimos. Depois, saía de casa e voava até à Austrália onde apanhava umas ondas e sorria como os koalas para os gajos giros… nunca me tinha de preocupar com dinheiro, com facilitismos, lobbies, doutores boys e éteceteras. Só me tinha de preocupar em espalhar amor a pacotes de arroz pelos amigos e dormir no quentinho da família de cada vez que me apeteciam lareira e chocolate…

Seria tudo tão fácil… tudo tão simples… agora que isto seria possível, é sempre… nem que seja na minha mente depravada…

Por enquanto vou-me esquecendo de mim em copos de martini, ao som de Depeche Mode, não é Aninha?


[Foto: Ana - à esquerda; Faneca - à direita]

3 comentários:

Anónimo disse...

Olá,

Não me lembro se nos conhecemos em Leiria, mas pelos vistos sim, caso contrário não terias adivinhado. :)

Ou será que bebi demais? É provável ... :)

Anónimo disse...

É provável...

Anónimo disse...

Bebi demais? Talvez não...

Estava distraído? Talvez não...

Mas estava certo... não nos conhecemos nesta visita a Leiria. :)