segunda-feira, março 27, 2006

domingo, março 26, 2006

Amizades para sempre...




A Amizade é uma coisa muito estranha.

Tanto nos pode fazer rir como chorar... mas é muito diferente do amor... vejam-me só isto:

Acabei o meu curso em Julho de 2005 (sim, ainda continuo desempregada, que fazer?), mas mesmo assim, todos os que acabámos naquela altura, os meu colegas de turma, de curso, estão todos, (ou melhor, quase todos) unidos pelo fio da amizade, quase até que a morte nos separe.

Durante a semana passada, uma grande amiga minha, a Chiquinha (não estão a ver quem é? A Céci... também não? A Pequenina! Ah, agora sim) lembrou-se de fazer um blog (O Lugar Comum) sobre a nossa turma universitária. Mal pensava ela que iria haver uma fabulosa adesão.

Era gente que eu não ouvia falar há meses a mandar posts, a comentar, a tentar marcar uma jantarada, nem que fosse para reviver os bons velhos tempos... porque estamos a ficar velhos, não é?
Céci, a Lucy et Moi

E tudo isto me deu um certo batimento cardíaco estranho. Uma certa humidade no olhar, como no dia da nossa benção das pastas... A final as nossas vidas não se apartaram para sempre... porque fica sempre uma réstia de amizade... um carinho, aquela coisinha fofa no coração e na ponta dos dedos... aquele formigueiro de quando nos lembramos do passado, quando apenas queremos olhar em frente....

Mafa et Moi
Um abraço para todos os que comigo partilharam quatro anos de aventura, de amores e desamores e dissabores... os que acompanharam a minha mudança para o crescimento...

terça-feira, março 21, 2006

Olhá Notícia!

Hoje, ao ler o jornal deparei-me com sucessivos acontecimentos que inquietaram o meu espírito. Tanto, que não os posso deixar passar, sem dar a minha "modesta opinião".

_DN TEMA_Bombeiros ameaçam não apagar fogos fora do seu concelho



Neste dia, que é nada mais que o Dia da Floresta, primeiro dia da Primavera e Dia da Árvore, o DN lembrou-se de ir sondar os bombeiros, ministros e GNR sobre o que estava a ser feito e como estaria o País, lá para meados do Verão. Resultado: em chamas.


Coimas mais pesadas para quem não limpa a floresta, melhor prevenção e vigilância, mais bombeiros, melhor equipados e até brigadas de elite. Uma mão- -cheia de promessas para resolver o problema dos fogos que, contudo, não deverá chegar a tempo: a maior parte das medidas tomadas só irá surtir efeito a longo prazo.

Em Dia Mundial da Floresta, políticos e especialistas alertam: não haverá milagres. Os incêndios florestais voltarão assim que a temperatura começar a subir. E as medidas tomadas nos últimos meses para o ordenamento e a protecção da floresta contra o fogo não terão efeitos já este ano.


Entretanto, depois de saber esta notícia, o jornalista resolveu ter uma conversa amena com bombeiros, que pelos vistos se encontram descontentes, afirmando que não vão sair do seu concelho para apagar fogos, pois não querem acatar ordens dos membros da GNR e porque (ao que parece), in loco, tudo é uma grande "balbúrdia" e descoordenação.


Se não estiverem reunidas as condições de coordenação entre o nosso trabalho e o dos grupos de intervenção, protecção e socorro da GNR - os chamados GIPS- , admitimos não nos deslocar a outros locais para ajudar no combate", adiantou o responsável das corporações de bombeiros.

Ou seja, dentro da sua área de jurisdição não está em causa a actuação pois é uma obrigação a que os bombeiros não se vão negar. Mas se o combate implicar sair da sua zona e ficar debaixo de um comando superior, deixa de haver condições para trabalhar, afirmou a Liga.


Pois é, mais parece que mais uma vez, ninguém faz nada de nada para fazer actuar a justiça. Estou farta deste País.

_DN_A Fátinha deixou o passaporte no Brasil



Ao que parece a nossa amiga Fátinha Felgueiras, arguida do caso "saco azul", respondeu que se esqueceu do passaporte brasileiro, quando lhe foi exigido pela juíza.

Mais. Ficou indignadíssima com o pedido, que deveria ser feito nas próximas 24 horas.


A par da manutenção da pronúncia de Fátima Felgueiras em 23 crimes, a juíza agravou-lhe as medidas de coacção, exigindo a entrega do passaporte brasileiro ou de uma declaração da Embaixada do Brasil caso não o possuísse.

Embora manifeste a intenção de cumprir a determinação da juíza, Felgueiras anunciou que vai recorrer da decisão invocando que o agravamento das medidas de coacção "é completamente injustificado e não tem nenhum fundamento válido".


Digam-me lá se toda a gente não consegue enganar o sistema judicial português. Esta senhora, foi acusada, fugiu para o Brasil, dava entrevistas e tudo, toda a gente sabia que ela estava lá. Depois volta para Portugal no para se candidatar (porque um candidato tem suspensão nas acusações) ganha a porcaria das eleições da câmara onde fez milhares de "falcatruas", outra vez (mas esta gente deve ter parentes americanos para ser tão burra), e agora, com o processoa a andar ainda se revolta com os pedidos...

Bato palmas a esta mulher... sabe sempre como dar a volta... assim me ensinas... a dar a volta à justiça e a justiça a deixar...

_DN_O "Borroso" enganou-se




Vejam-me só isto:


Três anos após a intervenção no Iraque, Durão Barroso admitiu que tomou uma decisão "baseada em informações" sobre armas de destruição maciça "que, depois, não foram confirmadas". "Tínhamos documentos que nos foram dados", explicou no programa Le Grand Jury, da LCI- -RTL-Le Fígaro, citado pela Lusa. "Foi com base nessas informações que tomámos aquela decisão."


Quando li, nem quis acreditar. É que para além de tomar uma decisão de nos colocar no mapa "errado" do mundo do terrorismo, ainda vem a público, pedir desculpa porque "ah afinal enganei-me".

Isto só podia acontecer em Portugal. Nem poderia acontecer em mais País nenhum. É que só aqui.

Cá estamos nós, marcados a vermelho pelos terroristas porque o senhor ex-ex primeiro-ministro, se baseou em informações falsas. Meu senhor: que tal referendar a população. Estava toda a gente contra, na altura.

Pedir desculpa não servirá de nada se algum dia formos atacados. Mas a Barroso ex-ex o que interessa isso agora. Lá está ele no seu "poleiro" de Bruxelas a tentar "cantar de galo", mas não sendo mais que uma "franganito desmilinguido".

Tenham dó. E o senhor ex-ex também tenha dó de vir dizer a público estas declarações. Já não basta sermos um País de calados, de mudos e de totós... também temos de ser um País de enganados, de "deixa-andar", e do "baixa-cabeça".



(NOTA As fotografias do Fogo e de Durão Barroso são do Diário de Notícias, bem como as "quotes" apresentadas. Para ver mais ir a Diário de Notícias)

domingo, março 19, 2006

Racismo (disfarçado)

Na edição de Sábado do jornal "Público", veio impressa na secção dos Media uma notícia que me repugnou:


Estreia a 15 de Julho
Principal canal francês escolhe um pivot negro para horário nobre
Ana machado


Harry Roselmack foi escolhido para apresentar as notícias na TF1, num horário visto por dez milhões de franceses. E em Portugal?


(ver aqui)

Parece que este senhor teve a "grande proeza" de poder estar a apresentar um telejornal, em França, no horário nobre. E isto ocupou página e meia, onde se fala de que é a primeira vez em França, mas que em Inglaterra já acontecia há algum tempo, e que em Portugal, há um jornalista negro que começou na TVI e que agora se encontra nas manhãs da SIC.

Realmente, somos tão bonzinhos. Até parece que é quase uma esmola um jornalista negro ser apresentador de televisão. Até porque, pelo que parece, foi um emprego encomendado pelo primeiro-ministro francês, para dizer: "vejam, eu não sou racista, eu até ponho negros na televisão".

Pois bem, não é bem assim... E os nossos amigos do Público também não ficaram atrás. Reaparem o alarido que se fez por isto acontecer. O tamanho da notícia e a maneira como foi abordado o assunto foi o maior acto de racismo que eu jamais alguma vez vi.

Será que um negro não consegue chegar lá por mérito próprio? Porque é que se tem de fazer a questão de que tudo isto é um favor? Não fazia ideia que a cor da pele também importava para apresentar telejornais.

Somos iguais, não somos... então para quê este acto discriminador de outra raça. por favor estamos no século XXI! Ou será que andámos para trás?

"A Mola de Roupa"





Ontem ao folhear o jornal "Público" deparei-me com um artigo de opinião de Esther Mucznik, que me fascinou imenso.

Chamava-se "A mola da Roupa" e para dar um "cheirinho" aqui vai uma parte:

O que há de perverso na celebração que ciclicamente tem lugar a cada Dia da Mulher é a visão de que a emancipação da mulher se mede essencialmente pelos números. Como se a emancipação feminina se resumisse a uma corrida desenfreada aos lugares habitualmente ocupados pelos homens, como se a referência máxima da emancipação das mulheres fosse... o homem!


Ora bem, pensando bem... nunca tinha pensado nisto... e não é que é mesmo verdade! Se reparamos, no dia da mulher os noticiários, os jornais, em suma toda a comunicação social se recheia de reportagens sobre quantas mulheres estão agora na tropa, na GNR em situações de perigo, em trabalhos normalmente ocupados pelos homens e pela sua masculinidade. E mais, o número de mulheres na política, nas faculdades...

O que é verdade é que este chamado feminismo, nunca passou de uma luta das mulheres no mundo dos homens. E todos os anos nos lembram disso. Já se tornou numa opinião empírica de toda uma sociedade ocidental.

Em 1968, assisti em Paris ao Nascer do Movimento da Libertação das Mulheres. Uma das coisas que me vacinou contra esse tipo de feminismo foi a frase tantas vezes repetida de que "a maternidade impede a realização da mulher.


Pois bem, caras amigas mulheres e amigos, nada nunca esteve tão vincado nas mentes ocidentais como isso: o homem é o bicho papão que nos engravida e nos impede de tentar conquistar o mundo dele!

Mas que história é esta. Todos sabemos que hoje em dia as grandes mulheres podem ter filhos e possuir grandes empregos, somando, ainda a lida da casa. Ter filhos não significa "baixar-se à condição de mulher".

Como se não fosse belo ser mulher...

Eu gosto de ser mulher. Não por ser do contra e querer ser diferente dos homens e roubar-lhes o emprego para me poder vangloriar. Gosto de ser mulher porque sim...


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Manifestações em França






A ameaça de greve geral para quinta-feira paira agora em França se o Governo não suspender uma reforma laboral que penaliza os jovens. A mobilização pacífica e alegre, ontem, em todo o país, culminou uma semana decisiva que enfraqueceu Villepin. Confrontos violentos rebentaram em Paris, Rennes e Marselha depois dos manifestantes terem dispersado.







É verdade enquanto ontem a decisão do Governo dependia de um milhão e meio de franceses na rua, hoje já se fala numa ameaça de uma greve geral para quinta-feira. Não há quem páre estes franceses. Não há quem os cale. por mais que os grandes pensem que quanto mais tempo deixam passar, menos manifestantes se veriam na rua, eles, pelo contrário, crescem a olhos vistos.







Para quem ainda não está familiarizado com a situação, os estudantes franceses lutam contra o Contrato Primeiro Emprego (CPE). Este destina-se a jovens com menos de 26 anos, e defende que as empresas têm a autoridade de os despedir nos dois primeiros anos, sem justa causa. Os sindicatos exigem a suspensão da lei para começarem a negociar com Dominique de Villepin, primeiro-ministro. Este mantém-se rígido na sua determinação de fazer aplicar o CPE. Porém, parece que os estudantes também mantêm a mesma rigidez.




Villepin, primeiro-ministro

A violência tem crescido e os liceus já começaram a aderir, também, à greve, numa altura em que 60 das 84 universides públicas vêm as portas bloqueadas por piquetes e colocaram os protestos nas ruas.






É muito interessante de se ver, é verdade. Como ainda se luta por uma causa, hoje em dia.

Talvez se isto acontecesse em Portugal, meia dúzia de estudantes faria uns cartazes horríveis e colocar-se-iam em frente à Assembleia durante as duas horas em que a televisão estava presente e ir-se-iam embora sem resultados. Como de costume. O Português baixa a cabecita.


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